POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
JEROME ROTHENBERG
Foto y biografía: es.wikipedia.org
Jerome Rothenberg (Nova Iorque, 11 de dezembro de 1931) é um poeta, ensaísta, tradutor, performer e antologista dos Estados Unidos.
A poética e a atividade cultural
Contemporâneo dos poetas do grupo que ficou conhecido como Escola de Nova Iorque, Rothenberg se manteve, no entanto, independente de todas as poéticas norte-americanas surgidas após a II Guerra Mundial.
Tendo trabalhado em conjunto com Gary Snyder, no final dos anos de 1960 torna-se um dos criadores e principais teóricos do que definiria com o termo “etnopoética”, uma poética que propõe pensarmos a poesia fora do espaço literário ocidentalizado, operando "trocas simbólicas entre os universos, acendendo suas urgências e universalidades", proporcionando "uma miscigenação" entre culturas.
Considerando o viés primitivista de suas idéias, a respeito da relação entre a poesia moderna e a etnopoesia o poeta afirma que “é impossível apresentar o trabalho de um modernismo radical ou inovador sem mapear ao mesmo tempo alguns traços dos velhos mundos, trazidos novamente ao presente e vistos assim como se da primeira vez, para ajudar a nos mostrar onde estamos”.
Em 1968 edita a antologia Technicians of the Sacred e, em conjunto com o poeta David Antin, passa a editar a revista some/thing, que publicou vários poetas que retomavam as estratégias das primeiras vanguardas .
No iníco dos anos de 1970, passa a editar publicações como a revista "Alcheringa", esta com Dennis Tedlok, na qual passa a publicar a literatura oral, canções, lendas folclóricas, mitos, etc, de povos considerados primitivos, promovendo a sua tradução, e trazendo um "sumário de intenções" da etnopoética em seu primeiro número. A partir deste trabalho, pretenderam os fundadores da revista, entre outros objetivos, trazer uma informação atualizada, aproximando-se das "propostas de todas as vanguardas", expandindo, através do conhecimento da poesia tribal/oral o conhecimento "do que um poema pode ser", alterando o alcance da sua definição. Também declaram como sua intenção "combater o genocídio cultural em todas as suas manifestações", promovendo um confronto com a massificação cultural e o extermínio de culturas consideradas menores e ultrapassadas .
Poesia:
White Sun Black Sun (1960)
Poland/1931 (1974)
That DADA Strain (1983)
New Selected Poems 1970-1985 (1986)
Poems for the Game of Silence 1960-1970 (2000)
TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS
IX FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESÍA DE GRANADA, Nicaragua 2013. Memoria Poética. 121 Poetas / 56 países. Managua, Nicaragua: Fundación Festival Internacional de la Poesía de Granada, 2014. 220 p. ISBN 978-99964-896-2-4
Na capa: reprodução do cartaz do evento. Inclui poemas dos convidados e uma foto coletiva. Inclui os poemas brasileiros: Thiago de Mello e Floriano Martins.
Ex. bibl. Antonio Miranda
Esa tonada Dada
las madres zig zag de los dioses
de la ciencia las lunáticas estrellas fijas
y las farmacias
pais que deixaram las carpas del anarquismo
desguarnecidas
los huesos árticos
collgados em saint germain
como tambores
bulbos vivos de luz
afrodisia
“el arte es chatarra” el urinario
dice “haz un hoyo
y nada en él”
un mensaje de la adusta computadora
“vosotros sois hamburguesas”
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
Essa melodia Dadá
as mães zig zag dos deuses
da ciência as lunáticas estrelas fixas
e as farmácias
pais que deixaram as tendas do anarquismo
desguarnecidas
os ossos árticos
pendurados em saint germain
como tambores
bulbos vivos de luz
afrodisia
“a arte é sucata” o urinário
diz “faça um poço
e nade nele”
uma mensagem do adusto computador
“vós sois hamburguesas”
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http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/est_%20unidos_amc/estados_unidos.html
Página publicada em abril de 2021
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